
O grupo Freiraum (Recinto Livre), celebrou, ontem à noite no Aliança Cultural, a morte do artista censurado da Exposição na Biblioteca Municipal de Faro, Vicente de Brito.
Joseph Bernard tratou-lhe da memória póstuma, acompanhado pelo piano intuitivo de Karpax.
Juan Vidal, secundou-o, colocando uns olhos sobre o corpo na forma de pequenos cartões, que assinalavam o olhar sobre a vítima.
Paulo Serra, entretanto, desenhava Stogger na sua atenta observação dos passos do marido, no fim da sessão o quadro dava testemunho da fleuma da artista em todo este acidente.
Tudo registado pela diligente Tanaka a mestra da cerimónia.
O público, onde se encontravam alguns turistas noruegueses, seguiu atento o amortalhar do corpo do insurrecto artista que, impassivelmente mantinha a cigarrilha acesa numa pose de grande fleuma e indiferença pelo o Foder que o vitimou.
Depois da acção de Manuel Almeida e Sousa da Mandrágora que recebeu o grupo, esta acção retribui o entendimento que oGrupo Freiraum e o Aliança Cultural dão à Escultura Social como disciplina cívica de intervenção Social e como expressão mais contemporânea do autismo artístico e não só .
No contexto da pressão informacional das sociedades de manipulação de massas sobre a interioridade individual, a arte resiste sem compromissos comerciais, como acto de pura denuncia sem rede, longe do Sistema das Artes.
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